Pesquisa

CADE – Cartografia Decolonial

O trabalho do pensar, fazer e exibir audiovisual, é na sua maioria um fazer coletivo, se não na sua totalidade se pensarmos nas diferentes etapas de elaboração de um filme, os diferentes modelos de desenvolvimento audiovisual e até mesmo parte do processo de distribuição envolvem terceiros. É por isto que decidimos entender como a cadeia de produção do audiovisual pernambucana se comporta diante de pessoas oriundas de povos originários.

CADE – Cartografia Decolonial é uma pesquisa que busca responder à pergunta:

“Onde estão os profissionais indígenas no audiovisual pernambucano?”

Localizando a produção relacionada a povos e identidades indígenas realizadas em Pernambuco, no período dos anos entre 2010 a 2020, mapeia a inserção de profissionais indígenas na formação de equipes de projetos e produções audiovisuais que foram lançadas na última década. Mapeando obras e registros audiovisuais com temática indigena produzidas e publicadas nesse período, buscamos entender quem são as pessoas responsáveis por esses filmes, suas motivações, desafios, dificuldades e conquistas. A presença de profissionais indígenas nas equipes técnicas dos filmes. Assim como refletir na importância da existência de uma cena indigena de profissionais presente dentro da cadeia produtiva do audiovisual pernambucano e na representação das entidades que regulam e discutem a mesma.

A pesquisa é realizada pela pesquisadora em comunicação Tatiana Quintero (CO) e pelo produtor cultural Thiago das Mercês(PE), com orientação de Marcelo Pedroso, prefácio do artista visual Abiniel Nascimento, contando com uma vasta equipe interdisciplinar de profissionais para construir esta análise, que é fruto do Sistema de Incentivo à Cultura – SIC, da Prefeitura do Recife.

Em nosso site você pode ter acesso aos dados da pesquisa, através dos gráficos, os registros de diálogos e entrevistas com realizadores, o mapeamento dos filmes com temática indigena realizados entre 2010 e 2020, que em sua maioria se encontram disponíveis para assistir em nosso site – com a possibilidade de filtrar por gênero cinematográfico, etnias envolvidas e a localização – e a análise dos dados adquiridos ( Livro Digital ), construindo uma teia de informações referentes a trajetória dos profissionais do audiovisual indigena pernambucano nos últimos 10 anos, suas lutas, desafios e perspectivas de futuro.

Gráficos – Dados Quantitativos

Diálogos e Entrevistas

Em ‘CADE’, partimos por diversos caminhos em busca de entender onde se encontram os profissionais indígenas dentro do audiovisual em Pernambuco. Realizamos o mapeamento de filmes longa-metragem pernambucanos realizados entre 2010 e 2020 e suas produtoras, para entender se existiam indígenas nessas equipes, e em quais funções estes profissionais se encontravam. Junto a isso, mapeamos a maior quantidade de filmes com temática indígena que conseguimos encontrar, mapeamento que agora se encontra disponível em nosso site. 

Com estes dados, e através do contato e indicação de outros colegas do cinema, convidamos profissionais indígenas de diferentes povos, etnias e territórios, que possuem seu trabalho e vida em Pernambuco para participarem conosco de conversas e partilharem um pouco sobre suas trajetórias, sua ligação com a linguagem do audiovisual e sobre políticas públicas afirmativas para a população indigena na cultura. Também tivemos a contribuição em alguns momentos de profissionais do audiovisual negro, na tentativa de espelharmos as lutas antiracistas, e podermos aprofundar os debates relacionados a decolonialidade no audiovisual.

Os vídeos disponíveis nesta área fazem parte do ciclo de entrevistas e grupos focais utilizados como base para nossa pesquisa, que foram registrados de conversas onlines, e montados pela produtora Thul’se Audiovisual. Assista-os agora.

Grupo focal 1 – Convidamos  Bia Pankararu (Realizadora, produtora, roteirista e atriz do povo Pankararu. Diretora do filme Rama Pankararu), Mi´saw (Indígena do povo Guajajara, localizado no Maranhão, mora em Recife há 6 anos. Formada em cinema e audiovisual pela UFPE. Trabalha com produção, captação de imagens, edição e montagem), Sylara Silverio (Diretora de fotografia de Natal, mora em Recife há 8 anos e participa de diversas grandes produções de filmes em Pernambuco. Está partilhando de um processo de autodescobrimento e Retomada com o povo Potiguara) e José Cleiton Carbonel (Comunicador, formador e realizador do cinema negro periférico pernambucano), para participarem conosco de conversas e partilharem um pouco sobre suas trajetórias, sua ligação com a linguagem do audiovisual e sobre políticas públicas afirmativas para a população indigena na cultura. Mediados por Tatiana Quintero, Thiago das Mercês e Marcelo Pedroso. 

Conversa 2 – Convidamos Hugo Fulni-ô  Membro do Coletivo de Cinema Fulni-ô e comunicador indigena Fulni-ô para compartilhar conosco suas experiências com o audiovisual e comunicação indigena, como adentrou no mundo do cinema, suas referências e sua perspectiva enquanto profissional, dentro da cadeia produtiva do audiovisual Pernambucano. Mediado por Tatiana Quintero, Thiago das Mercês e Marcelo Pedroso. Com a presença de Mi´saw. Entrevista

Grupo focal 3 – Convidamos Diego Xukuru, membro da Ororubá Filmes e realizador indigena Xukuru e Narriman Kauane Membro do coletivo Thul’se Audiovisual e comunicadora indigena Fulni-ô para conversar sobre o contexto do audiovisual indigena pernambucano, refletindo sobre as suas produções, suas experiências, inspirações e perspectivas dentro da cadeia produtiva do audiovisual. Mediada por Tatiana Quintero, Thiago das Mercês e Marcelo Pedroso. Com a presença de Mi´saw. 

Conversa 4 – Convidamos Juliana Lima é pesquisadora, documentarista e mestra em Educação, para falar um pouco sobre o período em que foi vice-presidente da ABD/APECI – PE atuando diretamente no Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco, onde protagonizou o movimento de inclusão das políticas afirmativas no edital do Funcultura Audiovisual, a ação foi pioneira no país. Mediada por Tatiana Quintero e Thiago das Mercês. Entrevista sobre políticas públicas no audiovisual.

Análise dos dados – Livro Digital

O resultado completo da pesquisa, a análise dos dados adquiridos, está disponível em formato de livro digital (arquivo em PDF). Você pode consultar o livro utilizando o leitor online abaixo, folhear as páginas com as setas laterais e mais recursos, como ampliar, na barra de ferramentas. Ou baixar o livro e ler no dispositivo que desejar:
> Para baixar o livro em PDF, clique aqui.

Voltar ao topo